quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Esperança para uma nova PMERJ"

"Palavras de uma pessoa que quer mudança e trabalha para isso"

Bom dia caros leitores, não venho por meio desta postagem fazer propaganda de ninguém, muito menos enaltecer sua imagem, venho através de minhas próprias palavras e logo abaixo, a dele (Cel Mário Sérgio), reconhecer que em seus primeiros dias de comando, já mudou muita coisa e pretende mudar muito mais. Palavras o vento leva, mas tenho certeza que essas vão ficar. Como dito até por ele mesmo, uma pessoa só não muda o mundo, uma andorinha só não faz verão, mas se nos juntarmos , com certeza mudaremos. Não adianta pré-julgarmos suas propostas. Temos que deixá-lo trabalhar e como dito, não trabalhar sozinho, mas com todos nós. Será que a imagem ao fundo é mera coincidência, acho que não, eles estão do nosso lado.

Logo abaixo, as palavras de nosso Srº Comandante Geral, Cel Mário Sérgio, postada no Blog Praças da PMERJ para companheira Blogueira , Mônica.


" Prezada Mônica
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Resolvi escrever esta mensagem para você, após tomar conhecimento do seu texto com referências à minha atuação neste início de comando da Polícia Militar.
Confesso-te que não foi muito fácil encontrar o tom certo para o que queria dizer. Suas palavras são estimuladoras, seu verbo é conciliador, e talvez esses fossem motivos justamente facilitadores para minhas palavras, mas, paradoxalmente, foram os motivos de um embargo inicial.
Não que eu não queira isso. Do contrário, estou pregando há trinta anos que podemos ser um corpo militar organizado em círculos hierárquicos que se articulam e complementam, e com todo respeito individual e coletivo que nossas existências suscitam.
Tenho pregado que não podemos nos representar como uma espécie de três estados semelhantes à França pré-revolucionária, com: nobreza (e clero), burguesia e plebe.
Não somos isso. Não podemos ser isso.
Não podemos ser ódio, motivo de ódio ou conseqüência de ódio.
Mas, então, porque a dificuldade em escrever aqui? - você pode estar pensando: Eu respondo: É porque eu ainda não fiz nada, só discursei e você já me deposita confiança. Eu não fiz nada de concreto. Só os fiz trabalhar mais, só mexi em estruturas, em subsistemas e justamente naqueles mais acolhedores...Mas, Mônica, eu pretendo fazer algumas coisas e talvez você, e qualquer outro, e outra, que estejam ligados nas minhas ações alardeadas no discurso (tão filosófico, não?), possam me ajudar.Vou dar uns exemplos:
Logo logo vou publicar normas sobre cumprimento de punições e nelas estabelecerei que não haverá mais cerceamento da liberdade para as detenções e prisões para ninguém. As punições existirão; serão computadas, o policial (oficial ou praça) assinará um termo de ciência e compromisso de não cometer novas faltas; tudo será publicado, mas ele não ficará impedido de ir e vir.
A aplicação dos artigos que autorizam a prisão sem nota de culpa, também sofrerá regulamentação. Continuarão a existir, mas com um formato mais justo.
Isso foi construído com meu stafff, com os oficiais que me acompanham. A idéia original não é minha.
Quero também que todo policial militar tenha uma arma de porte acautelada, com o na Polícia Civil, e que todos na Corporação possuam os mesmos uniformes: de serviço, de instrução, de passeio e de gala. Eis o motivo de eu não usar o uniforme inventado para comandante Geral.
A idéia também não é minha, mas de um dos majores do meu grupo mais próximo. Mônica. Essas mudanças, se as fizermos faremos juntos. Oficiais e praças.
Sou apenas um coadjuvante nessa luta. Não sou o ator principal.Se um trabalho de conscientização na tropa para esta nova realidade, que podemos construir em nossa PMERJ, não for realizado, tudo dará em água.
Nossos Praças precisam entender o valor abstrato de uma punição. Não precisam sofrer no corpo, o que merece destaque moral.Bem, fico por aqui. Não vou poder estar te escrevendo. Tenho trabalhado um bocadinho mais que o costume e estava desacostumado.
Como disse, por enquanto é só discurso, mas acho que tenho direito ao benefício da dúvida.
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Um abraço do seu Comandante.
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Por favor, quem tiver algum texto parecido com este e escrito por um outro Comandante Geral da PMERJ , mandem-me. Mas lembrem-se, não sei se vão achar. Obrigado e um bom dia a todos e um Bom serviço.

"JUNTOS SOMOS FORTES"



2 comentários:

  1. Que Deus o abençoe , e que suas ideias sejam logo colocadas em prática.

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  2. Parabéns CMT, esses são anseios antigos da classe. Sei que, infelizmente. ainda existem Cmts que pensam diferente, principalmente com relação as penas de cerceamento de liberdade, estamos no séc XXI, não podemos conviver com leis do tempo da escravatura onde os senhores faziam o que queriam com seus escravos. Olhe pra frente comandante e se espelhe nos bons e nos modernos, não tenha medo de ousar, todas as mudanças enfrentam resistência. Homens que querem ser respeitados, tem que primeiro mostrar que respeitam os outros. Siga em frente, seja justo, não discrimine ninguém e não tenha medo e nem preconceitos. Assim teremos uma PM séria, honesta, satisfeita e principalmente respeitada.Lembre-se que todos os PPMM honestos tem seu valor, aproveite o que cada um tem de melhor para oferecer a esta instituição em que falta tanta coisa. Que Deus ilumine seus atos sempre. Nunca decepcione esta classe sofrida que esta depositando todas as suas esperanças no senhor.

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