domingo, 6 de setembro de 2009

"Outro PM morto, e tudo NORMAL..."


Copacabana

Ele foi atingido por dois tiros dentro de seu Mercedes Classe A. Um suspeito está preso

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio - O policial militar Felipe Lima, de 24 anos, foi assassinado com dois tiros, no fim da noite de sábado, em frente ao número 433 da Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Ele estava dentro de seu carro, o Mercedes Classe A, placa KOJ 5330, aguardando um amigo, quando foi atingido na cabeça e no peito. O militar morreu no local. Testemunhas disseram que o bandido era branco, usava camisa cinza, calça jeans, boné preto e fugiu a pé, com uma pistola na mão, em direção à Rua Figueiredo Magalhães.

Segundo a polícia, os disparos foram efetuados da janela do carona. O veículo estaria com os vidros abertos. Um terceiro disparo, que teria sido um revide do policial, estilhaçou a porta de um prédio, no lado oposto da rua. Ninguém ficou ferido. O morador de um edifício vizinho disse que o assassino estaria acompanhado de um comparsa, mas a polícia não confirmou.

Logo após o crime, policiais do 19º BPM (Copacabana) realizaram buscas pelo bairro, mas não encontraram o autor dos disparos. Uma pistola, encontrada no banco carona do carro, foi apreendida.

Lotado no 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), o policial estava há cerca de 3 anos na corporação. O caso foi registrado como homicídio. Familiares disseram que o policial estacionou em frente ao prédio para esperar um amigo. Eles pretendiam passar o feriado em Búzios, na Região dos Lagos.

Destaquei algumas palavras para demonstrar que estamos morrendo cada vez mais cedo. Assim como os alimentos tem prazo de validade, hoje em dia, temos é um prazo de vida dentro da instituição Policial. Feliz e sortudo daquele que consegue chegar com vida até o fim da carreira. Nossas solidariedades a família desse Policial.

"JUNTOS SOMOS MUITO FORTES"


Orgulho, que orgulho?


Sem motivos para se orgulhar

Pesquisa nacional com profissionais de segurança pública indica que melhorar a autoestima dos policiais e agentes é tão necessário e urgente quanto melhorar os salários. Maioria diz já ter sofrido preconceito por causa da profissão

Vânia Cunha e Adriana Cruz

Rio - 'As pessoas só gostam da polícia quando percebem que vão entrar em uma enrascada’. A frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança (Conseg), em Brasília, semana passada, atinge em cheio a alma dos policiais civis e militares. E mais: o reflexo da baixa autoestima do policial é tão grande que supera a justa reivindicação de melhores salários. Pesquisa inédita do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, encomendada pelo Ministério da Justiça, constata que os agentes estão com os brios abalados.

discriminação, como mostram os números da pesquisa em que 64.130 servidores responderam a questionário com 41 perguntas sobre a profissão. Pelo menos 66,8% dos oficiais da PM disseram ter sofrido preconceito por causa da profissão. Os agentes da Civil não ficaram atrás: 62,4%.

“O policial quer ser reconhecido.Isso motiva, mexe com o orgulho. Essa questão vai além da salarial. Agora, você vale quanto pesa e tem que ter um bom salário”, avalia o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski.

A falta de orgulho atinge até a relação pai e filho e acaba com o dito popular de que ‘filho de peixe, peixinho é’. De acordo com a pesquisa, 58% dos praças e oficiais da PM e de agentes e delegados da Polícia Civil não querem que os filhos sigam seus passos na profissão. No Rio, o comandante da PM, Mário Sérgio Duarte, adotou um corpo a corpo, entre outras medidas, para levantar o moral da tropa. “Criamos um canal de comunicação com os policiais, como um programa de assistência psicológica”, afirmou. Extraído do "Dia online"

Só não vê isso quem não quer.

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