domingo, 23 de agosto de 2009

"Mulheres também tem seu espaço no Bope"


Com 397 homens, Bope tem apenas três mulheres, mas que desempenham um papel: uma soldado organiza a agenda do batalhão, uma tenente é a psicóloga da tropa de elite e uma pedagoga auxilia na seleção dos PMs

Rio - Terça-feira, 12h45. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado para libertar quatro reféns, entre eles uma adolescente de 13 anos, na Favela do Aço, em Santa Cruz. O grupo estava sob a mira de armas de três traficantes. De helicóptero, a tenente psicóloga Bianca Cirilo, 38, embarca com o grupo de negociadores na aeronave para mais uma missão. Ela integra o ‘trio feminino de ouro’ que não tem o título de caveira, mas faz parte da alma da tropa de 397 ‘homens de preto’.

O marco da entrada de mulheres no batalhão — em 31 anos nenhuma policial feminina foi inscrita nos cursos de ações táticas e de operações especiais — foi o caso 174, sequestro de um ônibus em 2000, no Jardim Botânico, quando morreram a professora Geisa Gonçalves e o sequestrador Sandro Barbosa do Nascimento. “Tratar dos nossos homens também é uma das nossas premissas”, explica o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes.

Elas confessam que, no início, tiveram dificuldades para conquistar a tropa. Mas, hoje, o trabalho desenvolvido pela psicóloga Bianca, pela soldado Ana Paula Monteiro, 27, e pela pedagoga Rosemery Carvalho, 47, que é civil, é reconhecido pela elite da PM. “São homens que vivem situações de extremo risco, numa guerra urbana. Precisam ser acompanhados de perto”, avalia Rosemery.

Os papéis de Bianca e Rosemery são tão importantes que elas podem até reprovar os candidatos a caveira. “Na última etapa da seleção, traçamos os perfis psicológico e pedagógico, que podem apontar para uma reprovação”, explica Bianca, que cuida também da saúde mental dos policiais e faz atendimento às famílias.

No dia a dia, Bianca e Rosemery trocam informações sobre os treinamentos constantes no batalhão, que recebe ainda tropas de outras forças, como Exército, Força Nacional de Segurança e a Polícia Civil. Mas nem tudo foram flores. No início da implantação do trio, há pouco mais de cinco anos, houve resistência. “Muitos chegaram a achar que era uma espiã”, diverte-se Rosemery. Já para Ana Paula foi uma espécie de desafio. “Me sentia observada e muito cobrada. Muitos acharam que não ia conseguir. Hoje somos uma família”, diz ela. Extraído do "Dia Online".

Na sociedade de hoje, já não podemos enxergar a mulher como sexo frágil, pelo contrário, a cada dia que passa se fazem mais presentes e importantes em nossas vidas. Parabéns por mais esse espaço conquistado e esperamos que logo possam fazer o curso dos caveiras. Lembramos também que o Blog "Praças da PMERJ" é administrado por uma mulher, uma policial, nossa amiga Mônica e que por sinal é um dos blogs mais importantes hoje que temos na blogosfera policial.

"JUNTOS ELAS E NÓS SOMOS MUITO FORTES"


Um comentário:

  1. Parabenizo vcs. e intercedo sempre...DEUS seja convosco e com seus familiares, livrando-os do mal!!!!

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